Engenheira Agrônoma fala sobre cuidados com áreas de deslizamentos após tragédias naturais

As tragédias naturais, apesar de não esperadas, podem ser consequências desencadeadas por ações humanas. A falta de cuidados com as áreas de preservação ambiental, o acúmulo de lixo nos rios e sedimentos depositados em qualquer lugar, além do déficit habitacional, que gera construções em áreas de risco, acabam gerando crescentes deslizamentos de terra, rompimentos de taludes, além do entupimento e transbordamento dos rios, que causam consequências irreparáveis para a sociedade como um todo.

Em Petrópolis, milhares de habitações foram destruídas pela força das águas, no último dia 15 de fevereiro. O resultado da catástrofe, foram mais de 4579 ocorrências, envolvendo cerca de 4 mil deslizamentos, mais de mil desabrigados e 233 óbitos. Diante de um cenário de destruição, a Engenheira Agrônoma, Carolina Rodrigues, orienta sobre como proceder em relação aos cuidados com o solo nestas áreas.

“Em regiões cercadas por montanha ou laje de pedras, não se deve mexer na vegetação ou mata auxiliar. Para prevenir, podem ser instaladas telas e muros de contenção para deslizamentos. Em locais onde ainda existe a terra nos morros ou talude, são recomendados o plantio de vegetação como bambu, grama, ou o uso de tela ou árvores de raízes que se espalham com a finalidade de evitar a erosão do solo”, explica Carolina.

Ainda segundo a especialista, é importante que seja feita uma análise criteriosa do solo, observando erosões, encharcamento e o escoamento natural da área ou terreno. Para diminuir o impacto da ação natural nas áreas de encosta, as obras de contenção podem envolver a recuperação da mata nativa, que é a grande responsável por manter o solo firme.

“Devido ao desmatamento da floresta nativa, o solo sofre grande erosão e quando chove, o caminho natural é que a água escoe em sua grande parte. Quando há uma construção, isso serve de barreira e aí, ocorrem os grandes prejuízos”, pontua a Engenheira Agrônoma.

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