Vereador leva denúncia sobre cestas básicas da tragédia ao Ministério Público Federal

Mais de cinco meses após a maior tragédia da história de Petrópolis, RJ, as marcas ainda são profundas para os moradores. Atraso de benefícios sociais como o aluguel social – que muitas vítimas ainda não receberam, áreas ainda destruídas sem perspectivas das obras estruturais de grande porte necessárias até o próximo período de chuvas e atraso também na limpeza dos rios.
Alvo de olhares e doações de todo país, a Cidade Imperial vive ainda uma crise política. O governo Rubens Bomtempo que há poucos meses enfrentou pós tragédia um pedido de cassação de mandato justamente, segundo o autor, vereador jornalista Eduardo do Blog (Republicanos), agora terá que explicar ao Ministério Público Federal o destino das 8.775 cestas básicas doadas pelo Ministério da Cidadania.
A denúncia de fato afirma que parte das cestas não foram entregues para vítimas e sim para sindicatos do município, entidades privadas que, ainda segundo os documentos emitidos pela própria Prefeitura, não foram contratados para a distribuição.
“As cestas foram enviadas pelo Ministério da Cidadania e existem critérios claros para a distribuição. Infelizmente, tenho provas que parte das cestas não foram parar nas mesas das vítimas da tragédia. Venho fiscalizando essas cestas desde sua doação. Tive que acionar a Defensoria para garantir a retirada quase um mês depois da doação, depois acionei o Governo Federal para garantir que os critérios seriam respeitados. A partir da minha denúncia o próprio Ministério questionou a Prefeitura. Ocorre que apresentei provas que parte das cestas realmente foram parar em sindicatos da cidade. Em um deles eu mesmo vi, fotografei, filmei e agora levei ao MPF para que a situação seja apurada com a seriedade e o rigor que merece. Muitas pessoas ainda estão em situação de vulnerabilidade e nada justifica o desvio de finalidade dos alimentos”, afirma o vereador Eduardo do Blog, autor da denúncia acompanhado por seu chefe de gabinete, o advogado Matheus Quintão.
Os petropolitanos foram vítimas de duas tragédias, dia 15 de fevereiro e dia 25 de março.

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