Foto: Divulgação

Novo empreendimento em Itaipava gera polêmica e empresários e entidades civis temem caos na mobilidade urbana

A construção de um empreendimento em Itaipava tem gerado polêmica no meio empresarial do terceiro distrito. O “Espaço Mix”, que está sendo erguido às margens da Estrada União e Indústria, mais precisamente em frente ao Corpo de Bombeiros, contará com 70 box para vendas de produtos diversos e funcionará em moldes parecidos com a da tradicional Feirinha de Itaipava. Porém, empresários de Itaipava estão questionando o novo empreendimento, previsto para ser inaugurado no início de novembro.
Eles afirmam que não são contra a chegada de novos espaços, que geram benefícios para a economia da cidade, mas questionam a documentação e os trâmites executados para sua abertura.
Nesta terça-feira, um grupo de empresários e representantes de entidades promoveu um abaixo-assinado contra a abertura do empreendimento. As principais preocupações, segundo eles, é a mobilidade urbana no local, já bem complicada e que pode ficar pior naquele ponto e também a falta de segurança, já que a estrutura foi erguida ao lado de um posto de combustível.
Represente do Petrópolis Convention & Visitors Bureau e conselheiro do comitê gestor do Parque Municipal Paulo Rattes, Rogério Elmor, demonstrou sua preocupação em relação aos congestionamentos no local, afirmando que não foi exigido desse empreendimento um estudo de impacto para o trânsito. ” “A informação que temos é que Hoje, estamos levando cerca de 40 minutos do Trevo de Bonsucesso até o Shopping Vilarejo. Com esse empreendimento as coisas irão piorar“, disse.
Outra questão colocada pelo grupo é que o estacionamento oferecido pelo novo empreendimento tem capacidade para apenas 70 vagas e temem que com isso, o uso de outros espaços oferecidos para os clientes dos shoppings e do Hortomercado, em frente.
“É preciso que haja estudo de impacto de trânsito, que se verifique a questão da segurança”, coloca o presidente da NovAmosanta, Carlos Eduardo Pereira.
Márcia Julião, que representa o Vilarejo, apontou que a falta de planejamento pode afetar também o shopping já que é comum em grandes eventos em torno do local, pessoas utilizarem os banheiros e o estacionamento. “Sempre contratamos funcionários extras para a segurança e manutenção, principalmente dos banheiros, que são gratuitos. Já no estacionamento, cobramos R$ 30 a hora fração para impedir o uso de quem não veio para desfrutar do shopping”, disse.
As assinaturas coletadas durante a reunião serão encaminhadas ao poder público municipal e questionará todo o processo de licenciamento que tramitou na Prefeitura. O grupo também se reunirá com o Ministério Público no próximo dia 27 de outubro.
O responsável pelo Espaço Mix, Cristiano Bayão, disse que tem todas as autorizações para o funcionamento. Já a Prefeitura de Petrópolis, através da Coordenadoria de Planejamento e Gestão Estratégica esclareceu que, quando a atual gestão municipal assumiu a Prefeitura, em dezembro de 2021, a obra no local já estava praticamente concluída. O processo administrativo referente àquela obra particular refere-se à construção de um galpão. O projeto apresentado pelo empreendimento na época foi aprovado pelas gestões anteriores. Havia, no entanto, um embargo por conta de algumas estruturas fixas e falta de afastamento lateral.
Já nesta gestão, o responsável pelo empreendimento cumpriu as exigências previstas no processo e solicitou uma nova vistoria. A nova vistoria foi realizada. Como a obra foi adequada ao projeto aprovado, o Habite-se para o galpão foi emitido. A Coordenadoria de Planejamento e Gestão Estratégica esclarece também que a obra possui um projeto assinado por engenheiros e arquitetos registrados nos seus respectivos conselhos. A obra também possui ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), emitida pelo Crea.

Com informações do Diário de Petrópolis

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