A morte de Susana Naspolini, repórter da TV Globo no Rio de Janeiro, anunciada pela filha Júlia na noite desta terça-feira (25), sensibilizou o Brasil. Aos 49 anos, a jornalista teve um histórico de diagnósticos de tumores que atingiram diferentes áreas do corpo. Em um intervalo de pouco mais de 30 anos, foram um linfoma, dois cânceres de mama, além de um tumor na tireoide e por fim, o tumor na bacia do qual tratava há dois anos. Atualmente, a doença avançou e acabou atingindo o estado de metástase, se espalhando para outros órgãos e chegando à medula óssea.
De acordo com o médico Radio-Oncologista, Daniel Przybysz, quando está nesta fase, o câncer se caracteriza por um momento em que uma célula maligna do câncer sai de onde está alojada para outras regiões do corpo, colonizando outros pontos do corpo. “É considerado o estágio mais alto da classificação de risco, onde o paciente não é mais curável e por este motivo, o tratamento tem como objetivo manter uma maior qualidade de vida e o controle da doença. Existem hoje várias opções que podem aumentar essa sobrevida. Existem muitos pacientes que se mantém estabilizados com metástase e conseguem viver por muitos anos”, diz o responsável técnico da Radio Serra — Centro Regional de Radioterapia.
Ainda segundo o especialista, o histórico prévio de tumores aumenta a possibilidade de se ter outros cânceres. Já a metástase, pode ser uma doença oculta diagnosticada apenas através de exames, ou também pode apresentar sintomas relacionados ao local onde atinge. “Um câncer que tem potencial de metástase costuma ser mais agressivo e quando chega a regiões como a da Susana, onde foi o fígado, que são órgãos mais vascularizados, a chance de se espalhar devido ao acesso que tem a corrente sanguínea, é muito maior e isso acontece num curto período de tempo”, detalha o médico.
O Radio-Oncologista, ainda explicou o papel que o tratamento a base de radiação, pode ter para minimizar os efeitos da metástase. “A radioterapia tem se mostrado uma solução eficaz, onde se consegue focar de forma localizada na doença, ou seja, onde estão as lesões. Dessa forma é possível tratar e matar a doença, regenerando ou fibrosando o local onde está o tumor, trazendo um ótimo controle local e a distância”, pontua.
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