Programação conta com feira de adoção, aferição de pressão, palestra e brindes
Sábado, dia 25 de março, de 10h às 15h, será realizado o evento Março Amarelo Pet, na Clínica Veterinária Amigo Bicho, na Rua Montecaseros, 414, em Petrópolis. A data contará com Feira de Adoção e venda de produtos Dog’s Heaven, aferição de pressão e palestra com dicas de combate a problemas renais, que afetam cães e gatos, com a médica veterinária Pamella Machado, Ao final da palestra, haverá entrega de brindes para os participantes e sorteios. O evento conta com o apoio da empresa Boehringer Ingelheim/Semintra.
No mês de março, intensificam-se as campanhas de conscientização e prevenção contra doenças renais crônicas em humanos e animais. A doença renal crônica é bastante comum na rotina veterinária. Um dos motivos é o aumento da longevidade em cães e gatos, o que provoca doenças renais devido à idade dos animais. Os gatos têm maior incidência de problemas renais do que os cães. Isso se deve à anatomia destes, já que o cão possui de 400 a 450 mil néfrons e o gato apenas 250 mil.
O néfron é a unidade funcional do rim, é o que de fato vai fazer a filtração do sangue e toda a função renal. Apenas como efeito comparativo, o ser humano possui um milhão de néfrons. Por isso, considera-se que o néfron do gato é mais eficiente, pois com menos néfrons, seu organismo realiza o mesmo que cães e humanos, porém quando há uma lesão renal, a espécie sofre mais com a perda, pois já há menor quantidade, o que resulta em maior incidência na clínica veterinária de problemas renais em gatos do que em cães.
O problema é provocado por inúmeras causas. “Na verdade, o rim vai somando, ao longo da vida ocorrências de injuria renal aguda que é uma pequena lesão por consequência de situações, como queda de pressão por longo tempo de anestesia para cirurgia, aumentos de ureia e creatinina por pequenos períodos, por doenças infecciosas em cães, como leptospirose, doença do carrapato e piometra ou em gatos, como FiV, FeLV, PIF e cálculos na bexiga e rim. Tudo isso pode determinar que o animal seja doente renal crônico com a idade, devido a perda de néfrons com o passar dos anos”, explica a médica veterinária Pamella Machado, que atua em nefrologia e urologia, na Clínica Amigo Bicho, em Petrópolis.
De acordo com a IRIS, Sociedade Internacional de Interesse Renal, a depender do estágio da doença renal, é possível identificar sintomas mais comuns. “O estágio 1 é quando ainda não há sintomas, muitas vezes, e não ocorrem alterações nos exames de sangue, ou seja, não há aumento de ureia e creatinina. Desenvolvimentos precoces são constatados apenas em exames de imagem, como a ultrassonografia, por exemplo. No estágio 2, o aumento de ureia e creatinina já existe, mas é pouco evidente. Também com possibilidade de não haver sintomas. Nos estágios 3 e 4, normalmente, ocorrem sintomas, como vômito, diarreia e perda de apetite, entre outros, pois são etapas mais avançadas da doença renal. Ao haver aumentos significativos de ureia e creatinina, o animal pode apresentar até problemas neurológicos, como convulsão e andar trôpego ou desorientado”, pontua.
É importante lembrar que a doença renal crônica não tem cura. Quando o paciente é diagnosticado com o estágio mais avançado, aumenta a gravidade do problema e maior é o risco de morte do animal. “Infelizmente, na maioria das vezes, o animal chega à nossa rotina no estágio 3 ou 4 por ser quando ele começa a apresentar sintomas. Para evitar isso, é importante que os tutores busquem a prevenção, por meio de visitas ao veterinário e exames de check-up, como ultrassonografia, hemograma, urina, dosagem bioquímica de ureia e creatinina, anuais nos animais jovens e semestrais nos animais idosos, pois quanto antes descobrirmos a doença ou a alteração, há mais chances de tratamento e de podermos oferecer maior expectativa de vida para este paciente do que apenas após a apresentação de sintomas”, esclarece.
A doença renal crônica é progressiva (piora ao longo da vida) e degenerativa (não há como recuperar estes néfrons perdidos com o decorrer dos anos e a tendência é ir perdendo mais néfrons). Por isso, o tutor também pode recorrer a medidas em casa, para evitar o problema. Uma boa dica é estimular a ingestão de água, principalmente em gatos que bebem menos água pela própria natureza, disponibilizando potes de água em todos os cantos da casa, além de utilizar fontes artificiais próprias para os bichinhos. No caso de cães, evitar doenças infecciosas aplicando remédios contra pulgas e carrapatos, além de castrar as fêmeas como prevenção contra infecção uterina (piometra).
A alimentação também pode ser uma grande aliada no combate aos problemas renais, já que os pacientes nefropatas possuem necessidades nutricionais diferentes e com mudanças na dieta é possível promover qualidade de vida e minimizar os sinais clínicos da doença, como por exemplo, a diminuição do apetite e perda de massa muscular. “A alimentação natural é mais úmida, o que ajuda bastante nos quadros de desidratação e retenção de toxinas que são fatores associados à doença renal. Além disso, é possível elaborar um plano dietético para o estágio de cada paciente, englobando níveis ideais de proteínas, gorduras, minerais e vitaminas”, avalia a médica veterinária Jéssica Gamberoni, que atua na área de nutrição, nutrologia e medicina nutracêutica.
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