O Governo do Estado do Rio de Janeiro termina no fim deste mês a primeira fase de obras para a reforma estrutural, requalificação do fluxo hidráulico, desobstrução e desassoreamento do Túnel Extravasor do Rio Palatinato. O sistema, desenvolvido nos anos 1960 pelo governo federal, teve problemas estruturais em 2022, após as fortes chuvas que atingiram a cidade em fevereiro. O fundo da laje e as paredes laterais das galerias, que possuem 4 metros de altura por 4 metros de largura e 3,2 km de extensão, romperam e causaram danos às ruas da Cidade Imperial.
Com trechos subterrâneos, o túnel passa por casas e vias, principalmente no bairro Quissamã. A função é desviar e aliviar o fluxo de águas do Rio Palatinato, quando o nível das águas é intensificado por chuvas. Com um investimento de R$ 74,12 milhões, o sistema hidráulico recebeu intervenções de reforço físico para voltar a captar as águas em sua capacidade máxima.
“O Túnel Extravasor era uma obra de responsabilidade federal, mas assumimos a primeira fase das obras, com caráter emergencial. É uma grande satisfação saber que estes serviços estão quase concluídos. Agora, estamos licitando a segunda e a terceira fases do projeto para transformar a vida das pessoas que moram ali. Vamos assumir a obra toda, pois não podemos deixar o problema com os moradores”, anunciou o governador Cláudio Castro.
Retomada do direito de ir e vir
Ainda na localidade de Quissamã, em Petrópolis, existe a obra de uma guia corrente, feita com o objetivo de desacelerar a água que vem desaguando do Rio Palatinato ao encontro do Rio Itamaraty. O trabalho também oferece novas condições para toda a região do entorno, permitindo à população seguir sua vida com muito mais segurança.
Morador da região há 43 anos, Hélito Fernandes Fraguas, é eletrotécnico e vice-presidente da Associação de Moradores da Rua Quissamã. Ele afirma que a conclusão das obras na região é muito importante, principalmente pela capacidade de transitar pelas ruas. Ele relembra que, com as fortes chuvas e o rompimento do túnel extravasor, o local ficou inabitável.
“Trocamos muitas informações. Só os moradores sabiam onde ficava tudo por aqui. Então, em um contato muito sincero com os trabalhadores do governo, que entraram nos terrenos e conversaram com a população, mostramos como era a configuração do local e conseguimos agregar no processo. Graças ao trabalho do governo, os moradores voltaram a fazer planos”, afirma.
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Cidades prepara as próximas licitações para reforçar ainda mais a estrutura do túnel extravasor. A segunda etapa de intervenções inclui obras nas comportas, além de jateamento de concreto para proteção em volta das paredes e no teto, e a concretagem no fundo do túnel.
Ações em Petrópolis
O Governo do Estado já investiu R$ 700 milhões na reconstrução de Petrópolis, inclusive na retomada de obras prometidas nos temporais de 2011 e entregues no ano passado. Só em trabalhos de contenção de encostas, reconstrução de ruas e reforço estrutural do túnel extravasor, já foram investidos mais de R$ 255 milhões.
Além das intervenções, os investimentos foram destinados a programas sociais que ajudaram a população e o comércio a se reerguer dos prejuízos da tragédia. Entre eles, Aluguel Social, SuperaRJ, Cartão Recomeçar e Reconstruir Petrópolis. Houve ainda repasse para unidades de saúde.
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