A crise no transporte público de Petrópolis, agravada com o incêndio que atingiu a garagem das empresas Petro Ita e Cascatinha, onde 74 veículos foram destruídos, teve desdobramentos na Câmara Municipal, onde uma Indicação Simples, aprovada na quarta-feira (10), pede a regulamentação para transporte alternativo, por meio de vans e micro ônibus, como uma solução temporária e emergencial com o objetivo de suprir a demanda, enquanto as empresas de ônibus afetadas pelo incêndio se recuperem e restabeleçam 100% da sua frota.
A proposta partiu do vereador Marcelo Chitão que ressaltou que “a implantação do transporte alternativo também não fere a igualdade dos passageiros em Petrópolis. Pelo contrário, esse tipo de transporte pode atender a população que é contemplada pelos benefícios da gratuidade, como os estudantes, idosos, menores de cinco anos e pessoas em tratamento médico como acontece em cidades desenvolvidas e que utilizam desses meios de transporte”.
“A regulamentação do transporte alternativo pode trazer benefícios para a população, especialmente para algumas comunidades da nossa cidade que dependem de veículos menores devido as particularidades das vias”, disse.
“É importante ressaltar que, embora as empresas de ônibus afetadas pelo incêndio estejam se esforçando para colocar novos veículos em circulação, esse processo pode levar tempo. O transporte alternativo pode, portanto, ser viável e complementar, especialmente se regulamentado e fiscalizado pelo poder público. É preciso pensar em mobilidade urbana. Muito se discute sobre o tema na cidade e poucas soluções saem do papel”, concluiu o vereador.
Setranspetro se pronuncia
Em nota, a Setranspetro declarou que “a iniciativa fere a igualdade dos passageiros em Petrópolis. Entre os clientes, que não serão alcançados, estão os que recebem o benefício da gratuidade, como estudantes, idosos, menores de cinco anos de idade e pessoas que realizam tratamento médico, sob risco de morte. Além destes, estão os passageiros que utilizam os cartões Expresso ou Vale-Transporte, através do Sistema de Bilhetagem Eletrônica, e também pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Neste caso, qualquer um destes precisaria efetuar o pagamento em dinheiro para ter acesso a este tipo de transporte”.
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