Estado revela patrimônios imateriais e materiais preservados durante a Feira Literária Internacional de Paraty

A Feira Literária Internacional de Paraty (Flip) atrai milhares de turistas até a cidade do Centro-Sul fluminense e conta com o palco luxuoso de construções históricas, sabores e sensações inigualáveis para marcar a experiência dos visitantes. Nesta quarta-feira, 24 de novembro, as ações do Governo do Estado do Rio de Janeiro para preservar os bens materiais e imateriais, como a culinária paratiense, serviram uma entusiasmada mesa de informações ao público.
A atividade abriu o segundo dia da Casa da Leitura e do Conhecimento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro (SECECRJ), com a liderança de León Araújo, diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), que compartilhou os detalhes das histórias gastronômicas preservadas com o auxílio do instituto estadual.
“Temos feito esse diálogo profundo com o poder público local para que a gente possa criar estruturas de proteção, de salvaguarda a saberes e fazeres tradicionais da culinária de Paraty. Destaco as descascadeiras de camarão, os produtores de banana, as casas de farinha, da pesca tradicional caiçara, de cachaça e da forma como os próprios paratienses utilizam esses ingredientes de alta qualidade nas suas mesas e como transmitem as receitas com conhecimento e cultura entre os próprios moradores de Paraty. O primeiro efeito imediato de uma política de patrimônio imaterial é a mobilização dessa comunidade. A partir do momento que o estado passa a se reunir e estar presente, caminhando junto, há um aumento de autoestima que a gente não pode negligenciar”, afirmou León.

Educação para preservar e identificar novos patrimônios
Um dos meios promovidos pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro para manter e encontrar novas oportunidades de preservação histórica é estimular a parceria e o auxílio dos moradores para identificar legados da sociedade fluminense. Por meio de um intenso trabalho de entrevistas e análises técnicas são levantadas as condições para se formar registros e patrimônios consagrados.
Além disso, a formação de jovens, nas escolas, é um outro projeto fundamental do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural para estimular o cuidado dos direitos e valores coletivos a serem preservados. Leonardo Alves, diretor do Departamento de Pesquisa e Documentação do Inepac, destacou o trabalho realizado pelo Governo do Rio, em 2021, na comunidade caiçara do Rio Pequeno, em Paraty, para lançar o inventário de manifestações culturais que a própria comunidade realizou.
” Por meio desse contato e do lançamento do edital da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, para povos e comunidades tradicionais, a comunidade do Rio Pequeno foi contemplada e com isso conseguiu desenvolver seu projeto, trazendo recursos para essa comunidade, para que ela, por meio da preservação da sua memória, consiga também se manter financeiramente”, explicou.
Além do detalhamento das atividades do Inepac em Paraty, foram realizadas nesta quarta-feira, na casa de cultura da SECECRJ, uma roda de conversa sobre Educação para o Patrimônio Cultural; o lançamento do livro “Paraty em Festa”, com Drica Soares; o lançamento do livro infanto-juvenil “Doguinho”, com Adriana Vaitsman; a apresentação de Maria Chocolate com a coletânea “Vozes Negras Tecendo Resistência”; e o lançamento do livro infantil “O Menino e sua Caixa”, de Ana Sousa.
Também foram apresentados o trabalho de contação de histórias com o livro “Samba Menino”, de Raphael Moreira; a palestra musicada sobre o livro “Abolição – A Liberdade da Poesia Preta”, de Eric Fanuel; a exibição do curta-metragem “Meu Nome é Maalum”, de Magna Domingues e Eduardo Lurnel, e a roda de conversa com a temática “Mulheres Negras nas Telas do Jornalismo ao Cinema”, com as participantes Magna Domingues, Eduardo Lurnel, Mariene Lino e Ellen Alves. Fechando o dia, foi realizado um pocket show de Helena Sound, com “Músicas do Mar”.
“Na Casa de Leitura e Conhecimento, o público encontrará a importância e a relevância do patrimônio na cidade de Paraty, dentro do contexto do Estado do Rio de Janeiro. Teremos mais dois dias de atividades, com palestras, participação da sociedade, sempre a partir das 10 horas. Junto com a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa vamos desenvolver outras atividades e palestras todos os dias, até o final da tarde”, afirmou Leonardo Preta, diretor administrativo e assessor da presidência do Inepac.
A programação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro na Feira Literária Internacional de Paraty está voltada para as atividades da Casa da Leitura e do Conhecimento. Confira abaixo as atividades dos próximos dias:

Programação
Sexta-feira (25.11)
10h – Roda de conversas: Encontro de mestres da cultura fluminense, com o Inepac
11h – Mesa “História, Memória e Patrimônio”
12h – Apresentação sobre os Povos Tradicionais Presentes
13h – Contação de histórias com Flávia Justen
14h – Oficina “Com que cor eu pinto o rosto?”, com Sandra Lima
15h – Apresentação performática do livro “O Silêncio das Margaridas”, de Dumard Poeta
16h – Lançamento do livro “ECOPoesia”, com Jaqueline Brum
17h: Poesia Nacional – Lançamento do Livro Carla Bessa
18h – Apresentação do livro “Vovó Biló de Pitó – Contos de Cabocla Ribeirinha”, com Emiliana Moraes
19h – Exibição do curta “Último Domingo”, de Renan Barbosa Brandão
19h40 – Show multilinguagem com Almir Chiaratti

Sábado (26.11)
10h – Roda de conversa: Preservação do Patrimônio Cultural Material e Natural de Paraty
11h – Matrizes do Forró: Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil
12h – Narrativas indígenas: “Cantar e contar para acordar”, com Chay Torres
13h – Contação de histórias pela diversidade, com Juliana Gouveia
14h – A experiência da Revista Traços e a Casa Amarela, com Pedro Gerolimich
15h – Apresentação da obra “Tucumã” e diálogos sobre a literatura indígena, com Lucia Morais Tucuju
16h – Contação de histórias “A Leitura é uma Aventura”, com Dani Fritzen
17h – Apresentação dos livros “Dalva, minha vó e eu!” e “50 Sons de Crônica”, da atriz e cantora Mona Vilardo
18h – Mesa “O Papel do audiovisual nas lutas da mulheres”, com Sissa Aneleh e Ingrid Gerolimich
19h – Exibição do média metragem “Ìyálewá”, de Joana Marinho
20h – Pocket Show com Dueto Laura Gabriela e Tauã de Lorena, do grupo Os Acalantos.

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