Fraudes digitais crescem a reboque do aumento das vendas online
O crescimento das compras online no Brasil tem sido acompanhado por um aumento preocupante nas fraudes. Três em cada dez consumidores, o que representa 32%, relatam ter sido vítimas ou alvo de tentativas de golpe em transações digitais, seja pela não entrega do produto, clonagem de cartão de crédito ou débito, ou abordagens por aplicativos como o WhatsApp, que direcionam os clientes para pagamentos fora das plataformas seguras. Esse dado é resultado de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em conjunto com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Offerwise Pesquisas que está sendo divulgada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis que aponta o crescimento dos crimes de estelionato, em que estão incluídos os golpes cibernéticos, no aumento das estatísticas no município.
Na cidade, em 12 meses, o aumento de casos de estelionato cresceu 33% alcançado 1.822 registros até agosto. Somente naquele mês foram 237 casos registrados oficialmente nas delegacias de Petrópolis. Em meio a esse cenário, a insegurança tem levado 35% dos consumidores a evitar compras online nos últimos meses. “O medo de fraudes está alterando os hábitos de consumo. Percebemos que muitos clientes estão repensando suas compras digitais, o que impacta diretamente o comércio,” comenta Claudio Mohammad, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis.
A pesquisa da CNDL também revela que, nos últimos 12 meses, cerca de 119,5 milhões de brasileiros fizeram compras pela internet ao menos uma vez, com a maioria optando pelo celular (90%) como dispositivo principal. Já os canais mais utilizados foram aplicativos (70%) e sites de lojas (69%), seguidos de longe pelas redes sociais Instagram (13%) e WhatsApp (11%).
Outro ponto relevante foi a preferência por plataformas internacionais no momento da compra, destacando-se Shopee (64%), Mercado Livre (61%) e Amazon (42%), com marcas nacionais como Americanas (35%) e Magalu (30%) figurando entre os mais usados. O levantamento também indicou que os produtos mais adquiridos pela internet foram roupas e acessórios (46%), seguido por comida por delivery (37%) e remédios (27%).
O valor médio da última compra online foi de R$216, uma queda de R$33 em comparação ao ano anterior. Além disso, 43% dos entrevistados disseram ter aumentado o volume de compras nos últimos 12 meses. As formas de pagamento mais comuns são o PIX (60%), seguido pelo cartão de crédito (55%) e débito (20%).
Claudio Mohammad também comentou a importância de fortalecer a segurança nas transações digitais para evitar um retrocesso nas vendas online. “É essencial que o setor de comércio eletrônico invista em medidas de proteção para garantir que os consumidores se sintam seguros, evitando assim uma queda ainda maior no volume de compras,” afirma o presidente da CDL de Petrópolis.
Os fatores mais valorizados pelos consumidores na escolha de uma loja virtual incluem o frete grátis (49%), promoções e descontos (47%) e preços competitivos (43%). Contudo, as principais desvantagens observadas foram a impossibilidade de ver ou experimentar o produto (54%) e o pagamento do frete (42%).
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