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Dia Mundial da Menopausa: Como lidar com esta fase com saúde e bem-estar?

Especialistas indicam fisioterapia e exercícios físicos como grandes aliados

Hoje, 18 de outubro, é celebrado o Dia da Menopausa, que nada mais é do que o término da função ovariana, que gera a diminuição dos estrógenos, hormônios tipicamente femininos. É esse hipoestrogenismo que influencia todo o corpo da mulher, levando a diversos sintomas que podem ser desconfortáveis, como sudorese noturna, secura vaginal, disfunção sexual, dispareunia, ou seja, dor na região vulvar acentuada durante a penetração ou ao tentar o ato, incontinência urinária, fadiga muscular, entre outros.

Fernanda Schanuel, professora do curso de Fisioterapia da Estácio Petrópolis e Nova Friburgo e especialista em Saúde da Mulher, explica que alguns desses sintomas estão diretamente ligados a baixa de estrogênio, como as questões vaginais, e os demais podem estar relacionados ao próprio envelhecimento. No entanto, ela afirma que é possível ter muita qualidade de vida se a mulher cuidar da saúde e procurar atendimentos que possam auxiliá-la.

“A fisioterapia na saúde da mulher, através de uma cuidadosa avaliação, realiza uma abordagem terapêutica tanto na promoção da saúde como na prevenção dos sintomas relacionados a menopausa”.

Fernanda explica que uma das abordagens é a cinesioterapia dos músculos do assoalho pélvico já que o recrutamento muscular melhora a condição da incontinência urinária tanto de esforço quanto de urgência, além de contribuir para o aumento do suporte dos órgãos pélvicos e da excitação e lubrificação durante o ato sexual.

“Outros recursos também podem ser utilizados como o uso de cones vaginais, a eletroterapia, biofeedback e massagem perineal, com objetivos de melhorar a percepção muscular e corporal da mulher, a vascularização local e o relaxamento de regiões tensionadas. Sendo assim, a atuação da fisioterapia nessa fase de transição melhora a função muscular, o fluxo sanguíneo pélvico, a mobilidade dessa região, a percepção e sensibilidade da região perineal, influenciando positivamente na vida sexual da mulher. Com isso, promoverá melhora da confiança, autoestima e qualidade de vida”, conclui.

Pilates e menopausa
Recentemente, estudos e opiniões de especialistas têm destacado os benefícios do Pilates para mulheres que estão passando pela menopausa. O método consiste em um conjunto de exercícios praticados no solo, na bola e em aparelhos específicos. Eles são coordenados para promover melhora na respiração, fortalecimento e alongamento muscular, aumento da resistência à fadiga e aprimoramento da coordenação motora e do equilíbrio. Além disso, o Pilates é conhecido por melhorar a postura e diminuir dores, benefícios que são particularmente importantes para as mulheres na menopausa.

Um estudo publicado na Menopause: The Journal of The North American Menopause Society indicou que a prática regular de exercícios como o Pilates pode reduzir a severidade dos fogachos em até 55% e melhorar a qualidade do sono. Outro estudo da Osteoporosis International mostrou que mulheres que praticam Pilates têm uma densidade mineral óssea significativamente maior em comparação às que não praticam, ajudando a prevenir a osteoporose.

Felipe Abinasse, instrutor de Pilates especialista em saúde da mulher e professor da Estácio Nova Friburgo, ressalta: “Um trabalho bem feito, com um profissional capacitado, vai fazer com que a mulher que esteja passando por esse processo tenha mais disposição, menos dores e sinta menos os efeitos colaterais inerentes a essa fase da vida. São exercícios muito seguros e de evolução gradual, sendo assim, qualquer pessoa, de qualquer idade, é capaz de praticar tal atividade.”

Para as mulheres menopausadas, o Pilates evita a perda de massa óssea e muscular, frequentes nesse período, e minimiza os efeitos adversos da menopausa, como os fogachos, a fadiga muscular e a diminuição da libido.

Além dos benefícios físicos, o método também trabalha intensamente os músculos do assoalho pélvico. “Este trabalho não só ajuda a minimizar a diminuição da libido, mas também previne ou trata possíveis incontinências urinárias”, complementa Felipe.

Desenvolvido por Joseph Pilates, o método foca em movimentos coordenados que melhoram a respiração, a força muscular e a flexibilidade.

“Em um momento em que o corpo passa por tantas mudanças, encontrar um exercício que ofereça segurança e benefícios abrangentes é essencial. O Pilates, com sua abordagem gradual e personalizada, se mostra uma escolha ideal para mulheres que buscam enfrentar a menopausa com mais saúde e disposição”, indica Felipe.

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