Sábado, 21 de junho de 2025, 16h30, debate com o pesquisador Alfredo Tolmasquim
Através de imagens de arquivos e trechos de cartas e entrevistas, Einstein e a bomba (2024), dirigido por Anthony Philipson e produzido pela BBC Studios, é um docudrama sobre o cientista que revolucionou a ciência no século 20. Já era o físico mais famoso do mundo em 1933 quando precisou fugir da Alemanha e da perseguição sistemática aos judeus depois que Hitler ascendeu ao poder. O pacifismo, a busca das raízes no judaísmo e o exílio em Londres aproximaram ainda mais Albert Einstein e Stefan Zweig, que mantinham extensa correspondência.
Antes desses tempos conturbados, já cientista consagrado, Einstein empreendeu uma longa viagem à América do Sul em março de 1925, quatro anos após receber o Prêmio Nobel de Física. Passou um mês na Argentina e pouco mais de uma semana no Uruguai. Pisou em solo brasileiro duas vezes nesse período: ficou algumas horas no Rio de Janeiro, visitou os outros países e voltou depois para outros nove dias no Rio de Janeiro. Cumpriu agenda abarrotada de eventos e palestras, fez turismo e provou vatapá, goiaba e pinga, descrevendo o giro intenso pela cidade como “correria louca”.
Após a exibição, o pesquisador Alfredo Tolmasquim debaterá o filme com o público. No livro Einstein: o viajante da relatividade na América do Sul (ed. Vieira e Lent), Tolmasquim detalha a maratona do cientista no Rio de Janeiro de cem anos atrás. Recepcionado por cientistas, pela comunidade judaica e pelo presidente Arthur Bernardes, esteve no Museu Nacional, no Observatório Nacional, no Jardim Botânico, na ABI, no Clube de Engenharia, no Clube Germania e em alguns encontros com a comunidade judaica. Ao seu diário, Einstein se queixou do barulho, do calor e de ter se sentido um “elefante branco”, atraindo curiosidade, sem nenhum valor prático.
Sobre o debatedor:
Doutor em Comunicação pela UFRJ e pós-doutorado na Universidade Hebraica de Jerusalém, Alfredo Tolmasquim foi pesquisador visitante do Instituto Max Planck de História da Ciência, em Berlim, e diretor de Desenvolvimento Científico do Museu do Amanhã. É atualmente pesquisador titular do Museu de Astronomia e Ciências Afins.
Sobre a Casa Stefan Zweig: A CASA STEFAN ZWEIG é uma entidade cultural de direito privado, sem fins lucrativos, que homenageia a memória do escritor austríaco na casa que foi sua última morada. É também um Memorial do Exílio destinado a divulgar as obras de outros artistas, intelectuais e cientistas que se refugiaram no Brasil durante o período 1933-1945 e que contribuíram para a cultura, as artes e a ciência do país. Fiel ao ideário de Zweig, é um centro de referência em defesa da paz, do humanismo e da democracia.
Desde 2013, o Cineclube Casa Stefan Zweig exibe filmes inspirados na obra de Stefan Zweig e documentários, com sessões mensais seguidas de debate com convidados. É um espaço de trocas e reflexão sobre diferentes temas sensíveis às comunidades petropolitanas como a cidade, direitos, combate ao racismo e à intolerância, literatura, artes visuais, psicanálise, música, história, sempre com entrada franca.
O Cineclube Casa Stefan Zweig integra a Programação Cultural 2025 da Casa Stefan Zweig, com apoio da Prefeitura Municipal de Petrópolis, por meio do edital municipal do Cultura Viva do Plano Nacional Aldir Blanc (PNAB) e da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).
Serviço:
Cineclube Casa Stefan Zweig: EINSTEIN E A BOMBA, (de Anthony Philipson, 2024, 1h16 min)
Debate com o pesquisador Alfredo Tolmasquim
Sábado, 21/6/2025, 16h30
Local: Casa Stefan Zweig – Rua Gonçalves Dias, 34
Entrada franca – lugares limitados
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