Especialistas apontam caminhos para um envelhecer ativo e feliz
No dia 1º de outubro é celebrado o Dia do Idoso, data que reforça a importância de discutir o envelhecimento com foco não apenas na longevidade, mas também na qualidade de vida. O envelhecimento populacional vem sendo uma das transformações mais marcantes do século XXI. Nesse contexto, cresce o interesse em compreender não apenas como viver mais, mas como viver melhor.
Um estudo da University College London (UCL), publicado na Nature Medicine (2023), avaliou mais de 93 mil idosos em 16 países e concluiu que ter hobbies está associado a menor índice de depressão, maior percepção de saúde e mais satisfação com a vida. Já a Harvard Health (2024) destaca que atividades como jardinagem, artesanato, dança e voluntariado ajudam a promover criatividade, relaxamento e conexão social.
Além dos hobbies, hábitos cotidianos como praticar exercícios regularmente, manter relações sociais ativas e preservar uma alimentação equilibrada também são determinantes para um envelhecimento bem-sucedido. A UCLA Health (2025) aponta que idosos que praticam atividades criativas por pelo menos duas horas semanais apresentam níveis mais altos de felicidade e saúde mental.
Entre os exemplos de atividades de impacto positivo, estão a dança, que melhora equilíbrio, cognição e autoestima; os esportes leves, como tênis e ciclismo, que fortalecem ossos e estimulam a socialização; o voluntariado, que reduz riscos de isolamento; e as atividades artísticas, que estimulam memória e criatividade.
Para a fisioterapeuta e docente da Estácio Francielle Nunes, a chave está em pequenas atitudes do dia a dia. “A felicidade na terceira idade não é fruto do acaso, mas resultado de escolhas conscientes. Cultivar hábitos saudáveis e se engajar em hobbies não apenas prolonga a vida, mas adiciona qualidade a esses anos. Como mostram as pesquisas, a combinação de atividades físicas, sociais e criativas constitui um caminho seguro para um envelhecimento ativo, significativo e feliz”, afirma.
O segredo da longevidade com qualidade pode estar em algo simples: manter o corpo em movimento, a mente curiosa e o coração conectado, como destaca a também fisioterapeuta e docente da Estácio, Fernanda Schanuel.
“É fundamental lembrarmos que pequenas mudanças no dia a dia podem transformar a qualidade de vida dos idosos. Incentivar caminhadas leves, estimular a participação em grupos de convivência, resgatar hobbies antigos ou descobrir novas habilidades artísticas são caminhos possíveis e acessíveis.” ressalta Fernanda.
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