Após a CPtrans autorizar, nesta terça-feira (02) a dupla função, ou seja, o motorista fazendo também o papel do trocador nos coletivos, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Petrópolis emitiu uma nota de repúdio. No texto o sindicato questiona a falta de diálogo entre os órgãos e promete tomar medidas jurídicas.
A dupla função tem sido motivo de amplos debates na Câmara Municipal. No último dia 19 de julho, a Casa Legislativa realizou uma audiência pública para debater o tema e o vereador Junior Coruja (PSD), defendeu o fim da dupla função, evocando a lei 6.387/2006 garante a presença do cobrador em coletivos de duas e três portas. Outro argumento utilizado pelo vereador, que é presidente da Comissão de Transportes, foi o que todos os custos apresentados pelas empresas e tomados como base para o reajuste das tarifas, englobam os salários dos profissionais.
Sobre o assunto, o Setranspetro, sindicato que representa as empresas, alegou que o artigo 4º da Lei Municipal 7.243/2014 revoga a questão dos cobradores prevista na legislação de 2006 e que o assunto não compete à esfera municipal por se tratar de assunto de natureza trabalhista. Sobre as planilhas apresentadas, a entidade disse que o valor atualmente praticado não é suficiente para cobrir todos os gastos do sistema e isso foi amplamente discutido, inclusive no Comutran (Conselho Municipal de Transporte).
Confira na íntegra a nota do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Petrópolis
“Foi com muita indignação que o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Petrópolis ficou ciente da decisão tomada pela CPTrans – Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes, que autoriza a dupla função em algumas linhas de ônibus no município de Petrópolis.
A Companhia alega se basear em resolução municipal de 2008 e ainda ressalta possível desequilíbrio de receita e despesa por parte das empresas, mas ignora que o tema tem sido debatido entre o Sindincado dos Rodoviários, órgão que representa os trabalhadores diretamente afetados com a decisão, e a Câmara Municipal de Vereadores.
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Petrópolis já está reunido com o Setor Jurídico da instituição para alinhar que medidas tomar diante da situação”.
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