O antissemitismo, o racismo e a xenofobia serão tema de um ciclo de debates a ser inaugurado neste sábado, 17 de agosto de 2024, às 11h, com uma palestra da diretora educacional do Memorial às Vítimas do Holocausto (Rio de Janeiro), Sofia Débora Levy. Ela abordará o antissemitismo em suas várias facetas. No terceiro sábado de setembro será a vez de discutir o racismo e, em outubro, o tema é a hostilização de minorias e estrangeiros. O ciclo é realizado graças à Lei Federal de Incentivo à Cultura.
O antissemitismo é um preconceito que atravessa séculos de existência do povo judeu. Desde a falsa acusação do deicídio – a crucificação de Jesus Cristo – até o antissionismo, diversas formas de violência simbólica, psicológica e físicas se repetem. A Declaração Universal de Direitos Humanos, promulgada em 1948, depois do Holocausto, revelou-se insuficiente para combater esse e outros preconceitos. No século 21, com o terrorismo aceito e banalizado por muitos países, o que podemos fazer para reverter a cultura do ódio, que ameaça todos os povos?
Diretora Educacional do Memorial às Vítimas do Holocausto do Rio de Janeiro, Sofia Débora Levy é psicóloga clínica, bacharel e licenciada em Psicologia e em Letras Português-Hebraico, professora, consultora, mestre em Psicologia (UFRJ), doutora em História das Ciências, Técnicas e Epistemologia (UFRJ) com pós-doutorado em Memória Social (Unirio). Membro da Sociedade Brasileira de Psicologia, é ainda representante para a Memória do Holocausto do Congresso Judaico Latino-Americano, diretora do Memorial Judaico de Vassouras e membro do Conselho Acadêmico da Stand With Us-Brasil. Escreveu livros, como “Sobre Viver -vol. 1 e 2”, “Holocausto: vivência e retransmissão” e “Por dentro do trauma”, além de artigos e capítulos de livros publicados sobre Psicologia Clínica e Social, Holocausto, trauma, violência, saúde mental e relacionamentos num exercício contínuo de reflexão crítica humanística.
Localizado no Morro do Pasmado em Botafogo, no Rio de Janeiro, o Memorial às Vítimas do Holocausto tem por objetivo preservar e tornar conhecidas as histórias das vítimas da perseguição e do genocídio cometidos pelo regime nazista que atingiu judeus, negros, pessoas com deficiência física e mental, comunidade LGBTQIAP+, Testemunhas de Jeová, maçons e outros grupos. No subsolo do monumento de 20 metros que representa os Dez Mandamentos abriga uma exposição permanente com memórias e relatos de vítimas e sobreviventes do Holocausto.
Desde a sua fundação, em 2012, a Casa Stefan Zweig é também um Memorial do Exílio, dedicado a todos os exilados e exiladas da Segunda Guerra Mundial que vieram para o Brasil e aqui deixaram um rico legado nas ciências e nas artes. Além de um totem interativo com 200 biografias de refugiados, produzimos uma série para TV com trajetórias de alguns dos mais ilustres exilados, e publicamos, em 2021, o Dicionário dos Refugiados do Nazifascismo no Brasil. O tema é discutido ainda em exposições, palestras e outros eventos.
Desafios no combate ao antissemitismo, com Sofia Débora Levy
Sábado, 17/08/2024, às 11h, com entrada franca
Casa Stefan Zweig, Rua Gonçalves Dias 34, Valparaíso (perto das Duas Pontes)
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