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Novela do transporte público em Petrópolis: motorista agredido e ameaça de paralisação das linhas

A crise no transporte público envolvendo a viação Petro Ita ganhou novo capítulo nesta segunda-feira (26) quando um motorista foi agredido após mais um acidente envolvendo um coletivo da empresa. O caso aconteceu na Rua Augusto Severo, no Morin, quando o ônibus apresentou problemas mecânicos e colidiu com um muro. Na ocasião, uma pedra foi arremessada em direção ao veículo, atingindo o profissional.
Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Petrópolis manifestou seu repúdio pelo ato de agressão.
“É inaceitável que um profissional dedicado, que exerce suas funções com responsabilidade e comprometimento, seja vítima de violência e desrespeito devido a circunstâncias que fogem ao seu controle. Ressaltamos que o trabalhador é um cidadão que merece respeito e dignidade, não podendo ser responsabilizado pelo estado de manutenção dos veículos que opera”, disse a nota.

Ameaça de paralisação
O sindicato também anunciou na tarde da segunda-feira que poderá paralisar as linhas operadas pela Petro Ita devido a atrasos nos pagamentos. A entidade cobra a regularização imediata dos pagamentos de seus funcionários.
“Caso o adiantamento salarial e o vale-refeição, já vencidos, não sejam quitados até a próxima quinta-feira, 28 de agosto, os trabalhadores poderão iniciar uma paralisação das atividades”, diz a nota oficial do sindicato .
“A crise entre o sindicato e a Petro Ita não é nova, mas a situação atingiu um ponto crítico. “A negociação com a empresa não existe. O que resta para nós é a ameaça de paralisação”, afirmou Glauco da Costa presidente do sindicato. “Mês após mês, a Petro Ita ignora as datas de vencimento dos pagamentos, demonstrando um completo desrespeito para com seus trabalhadores.”
A Petro Ita, que está em processo de recuperação judicial, vem enfrentando dificuldades financeiras, mas o sindicato denuncia a falta de compromisso da empresa com as obrigações trabalhistas básicas. “O vale-refeição deveria ter sido pago no dia 15 deste mês, e o adiantamento de salário no dia 20. Estamos falando de atrasos que comprometem a subsistência dos trabalhadores”, enfatizou o presidente do Sind. Rodoviários.
O ofício comunicando a iminente paralisação foi entregue à Petro Ita e a CPtrans na tarde desta segunda-feira, 26 de agosto, em uma tentativa de pressionar a empresa a regularizar os pagamentos com urgência. “O prazo pode parecer apertado, mas o que realmente é inadmissível é o descaso contínuo da Petro Ita. Estamos cansados de promessas vazias”, concluiu o líder sindical.

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