Atrasos no repasse de subsídios e dificuldades financeiras das empresas ameaçam direitos trabalhistas e a estabilidade do sistema
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Petrópolis (Sind. Rodoviários) expressou grande preocupação com a atual situação do sistema de transporte público na cidade. Em meio a atrasos no repasse do subsídio Vale-Educação e à estagnação tarifária, as empresas têm enfrentado desequilíbrios financeiros que afetam diretamente os trabalhadores. A possibilidade de não pagamento da segunda parcela do 13º salário e do adiantamento salarial previsto para 20 de dezembro são as principais inquietações.
De acordo com o Sindicato, essas dificuldades comprometem a manutenção dos direitos básicos previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e na Convenção Coletiva Profissional. A entidade também alerta para os impactos futuros, destacando que as negociações para reajustes salariais de 2025 podem ser prejudicadas. “Se as empresas já sinalizam dificuldades em dezembro, será desafiador garantir os direitos já adquiridos nos anos anteriores, reajustes condizentes com a inflação, ganho real salarial, ampliação no valor da cesta básica, ou seja, melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores no próximo ano”, afirmou Glauco da Costa, presidente do sindicato.
O Sind. Rodoviários ainda ressalta que recebeu a nota oficial do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Petrópolis (Setranspetro), entidade que representa as empresas de ônibus, que reitera que a crise decorre do congelamento tarifário há 16 meses, do aumento do óleo diesel e do reajuste salarial de 4,5%, entre outros fatores. “Estamos percebendo que as empresas vêm se esforçando para manter os direitos dos trabalhadores, mas também observamos a aquisição de novos veículos e contratações. É vital que a Prefeitura Municipal de Petrópolis realize o pagamento do Vale-Educação em dia, a irresponsabilidade da Prefeitura com os repasses prejudica diretamente a vida dos trabalhadores e dos cidadãos com a iminência de novas paralisações”, ponderou Glauco.
Embora reconheça a necessidade de revisão tarifária o Sind. Rodoviários pondera que a questão deveria ter sido tratada de forma mais profunda no Conselho Municipal de Transporte (Comutran).
A entidade reforça a importância de um sistema de transporte público eficiente e economicamente viável, salientando que a crise atual não apenas ameaça os trabalhadores, mas também o acesso da população a um serviço essencial. “A responsabilidade deve ser compartilhada para evitar o colapso total do transporte coletivo em nossa cidade”, concluiu o sindicato.
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