A Câmara Municipal de Petrópolis aprovou, nesta quinta-feira (06), a Indicação Legislativa de autoria do vereador Gil Magno, que dispõe sobre a criação de um Programa de Terapia Nutricional para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no município. A iniciativa visa oferecer cuidados nutricionais especializados para melhorar a saúde física e mental de pessoas com TEA, promovendo uma abordagem integrada entre alimentação e tratamento.
O programa busca garantir a manutenção e recuperação do estado de saúde das pessoas com autismo por meio de acompanhamento nutricional realizado por profissionais especializados. A ação terá impacto direto no bem-estar dos pacientes, considerando a especificidade alimentar muitas vezes presente em indivíduos com TEA, como a seletividade alimentar que pode comprometer o desenvolvimento nutricional e levar a distúrbios como obesidade e problemas gastrointestinais.
“Esta é uma medida importante para oferecer suporte qualificado às famílias e profissionais de saúde que lidam com o Transtorno do Espectro Autista. A proposta busca um tratamento completo, que envolve o acompanhamento nutricional e a capacitação de nutricionistas e outros profissionais da saúde, especialmente da Atenção Básica do SUS. O objetivo é assegurar que as pessoas com TEA recebam a atenção necessária, com estratégias alimentares adequadas para minimizar comportamentos compulsivos e melhorar sua qualidade de vida”, afirmou o vereador Gil Magno.
A Indicação Legislativa estabelece como principais diretrizes a capacitação contínua dos profissionais de saúde, a articulação entre as redes públicas de atendimento e o apoio às famílias na elaboração de dietas adequadas, visando a redução da seletividade alimentar. A proposta também sugere o incentivo a pesquisas científicas sobre nutrição e autismo, além de fortalecer políticas públicas que integrem saúde e educação.
O transtorno do espectro autista afeta diretamente os hábitos alimentares das crianças, que muitas vezes enfrentam desafios relacionados à aceitação de alimentos, podendo levar a carências nutricionais ou obesidade. Com base em estudos científicos, a indicação propõe uma dieta balanceada, com maior aporte de nutrientes essenciais, como ômega 3, vitaminas e minerais, além de estratégias nutricionais para tratar distúrbios gastrintestinais comuns em pacientes autistas.
“A adoção de práticas nutricionais adequadas tem um impacto direto no tratamento do TEA. Os nutricionistas desempenham um papel fundamental nesse processo, não só orientando as famílias sobre a alimentação, mas também promovendo a educação nutricional, garantindo que o ambiente familiar contribua para o sucesso do tratamento”, destacou Gil Magno.
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