12.02.2018 - Carnaval de Rua - SGT Pimenta - Centro - Rio de Janeiro.

Prefeitura de Petrópolis faz campanha para prevenir infecções sexualmente transmissíveis durante o Carnaval

A Prefeitura de Petrópolis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, inicia nesta quinta-feira (27) a campanha de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Será realizada uma campanha de conscientização com a distribuição de preservativos no centro da cidade e nas unidades de saúde. Os preservativos também serão disponibilizados nos terminais de ônibus urbanos.

“O período de Carnaval é uma época de grande mobilização e a conscientização da população é fundamental na luta contra as ISTs. A prefeitura oferece gratuitamente meios de prevenção para garantir a saúde de todos” reforçou o prefeito Hingo Hammes.

Para fortalecer a campanha de distribuição de preservativos, a Secretaria de Saúde fez uma parceria com os blocos carnavalescos para que sejam distribuídos pelas próprias agremiações. Além disso, nas redes sociais da prefeitura serão publicadas ações para conscientizar os foliões.

“Quando o carnaval está se aproximando, as equipes da atenção primária à saúde são incentivadas a ampliar a oferta de testes rápidos e insumos de prevenção, além de abordar o tema com a população nas palestras realizadas em instituições parceiras” explicou o Secretário Municipal de Saúde, Luís Cruzick.

As infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) podem ser prevenidas com o uso de preservativos (masculino ou feminino). Caso a pessoa seja infectada, existe tratamento na rede pública que melhora sua qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão. Atualmente, existem 1.547 pessoas diagnosticadas com HIV em Petrópolis e que estão cadastradas na unidade dispensadora de medicamentos (UDM) da Secretaria Municipal de Saúde.

O HIV é uma sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana, causador da Aids, uma Síndrome da Imunodeficiência Humana, transmitida pelo vírus HIV, caracterizada pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento de doenças oportunistas. Uma pessoa que vive com HIV (PVHIV) em tratamento e com carga viral indetectável há seis meses não transmite o vírus por via sexual.

Prevenção ao HIV

PrEP (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV)*

A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV é um medicamento distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que consiste no uso de antirretrovirais para reduzir o risco de adquirir a infecção por esse vírus. Essa estratégia se mostrou eficaz e segura em pessoas com risco aumentado de adquirir a infecção. Em Petrópolis, médicos, enfermeiros e farmacêuticos fazem a prescrição e o seguimento dos usuários em uso de PrEP para garantir a oferta do cuidado. As consultas são previamente agendadas por telefone ou presencialmente. Não há fila de espera.

A equipe do SAE vem capacitando profissionais de outros serviços de saúde para que a oferta da PREP seja ampliada no município. Atualmente, além do SAE, a PrEP está disponível no ambulatório de saúde LGBTQIA+, na USB Itamarati e no Centro de Saúde Coletiva Professor Manoel José Ferreira. A intenção é que todas as unidades básicas de saúde sejam treinadas para oferecer a PrEP à população.

O autoteste

O autoteste é uma estratégia do Ministério da Saúde (MS) para ampliar o número de indivíduos testados, podendo aumentar o número de pacientes diagnosticados e encaminhados ao tratamento, bem como contribuir para a diminuição da transmissão. Ao usuário de PREP são oferecidos até seis autotestes de HIV, sendo um para ele e os demais para testar as parcerias. O usuário de PREP é orientado a encaminhar a parceria ao serviço sempre que o autoteste for de difícil leitura ou reagente. O autoteste também está disponível em nossa unidade para qualquer pessoa com interesse em obtê-lo.

PEP (Profilaxia Pós-Exposição de risco à infecção pelo HIV)

A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) de risco à infecção pelo HIV consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essa infecção. A PEP é indicada após avaliação por profissional de saúde na ocorrência de acidente com material biológico, violência sexual e relação sexual desprotegida consentida.

A PEP é considerada uma urgência e por isso está disponível em todas as unidades de pronto-atendimento do município, além do SAE. Ela deve ser iniciada em até 72 horas depois da exposição. No último quadrimestre de 2024, as equipes da UPH Pedro do Rio e Posse foram treinadas pela equipe do SAE e já oferecem a profilaxia pós-exposição de risco à infecção pelo HIV à população. A PEP consiste na tomada de medicamento por 28 dias e o seguimento da profilaxia é feito no SAE por enfermeiro e encaminhado ao médico quando necessário.

Testes rápidos para IST/HIV/Aids, Hepatites B e C e sífilis

Os testes rápidos são práticos, confiáveis e de fácil execução, podem ser realizados com a coleta de uma gota de sangue na ponta do dedo ou ainda pode ser amostra de fluido oral (HIV), e fornecem o resultado em, no máximo, 30 minutos.

No SAE, a testagem é oferecida diariamente por demanda espontânea. A oferta de teste rápido é uma importante estratégia para o diagnóstico precoce das infecções sexualmente transmissíveis permitindo o tratamento e a interrupção da cadeia de transmissão. Uma estratégia para a ampliação da oferta do serviço é a sua divulgação pelas suas redes sociais.

Os testes rápidos para HIV, Sífilis e Hepatites B e C são realizados pelo SAE e por todas as unidades de atenção primária à saúde.

Hepatite B

É uma doença infecciosa que agride o fígado, sendo causada pelo vírus B da hepatite (HBV). O HBV está presente no sangue e secreções, e a hepatite B é também classificada como uma infecção sexualmente transmissível. Inicialmente, ocorre uma infecção aguda e, na maior parte dos casos, a infecção se resolve espontaneamente até seis meses após os primeiros sintomas, sendo considerada de curta duração. Essa resolução é evidenciada pela presença de anticorpos chamados anti-Hbs.

Contudo, algumas infecções permanecem após esse período, mantendo a presença do marcador HBsAg no sangue. Nesses casos, a infecção é considerada crônica. O risco de a infeção tornar-se crônica depende da idade do indivíduo.

A Hepatite B tem tratamento. Atualmente temos cadastrados em nosso serviço 39 pacientes com diagnóstico de hepatite B crônica. Esses pacientes fazem a retirada de medicamento, aproximadamente a cada 30 dias.

Hepatite C

A hepatite C tem tratamento e cura. O tratamento é feito com antivirais, geralmente por 12 semanas e a taxa de cura é acima de 95%.

De acordo com dados do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom), no terceiro quadrimestre de 2024, 16 pessoas foram diagnosticadas com hepatite C e iniciaram o tratamento no município. No total foram 46 casos ao longo do ano. A maior prevalência foi no sexo masculino. Não há gestantes com hepatite C em acompanhamento no serviço.

Sífilis
Durante o ano de 2024, tivemos um total de 89 casos de sífilis. A sífilis é uma infecção bacteriana aguda que tem tratamento e cura. O teste rápido, que está disponível em todas as unidades de atenção primária e maternidade, é a principal forma de diagnóstico. No último quadrimestre, foram notificados 89 casos de sífilis adquirida, sendo a maior prevalência no sexo masculino.

Na gestação, a sífilis pode apresentar consequências severas, como abortamento, prematuridade, natimortalidade, manifestações congênitas precoces ou tardias e morte do recém-nascido.

Desde o ano passado, foi instituído o Comitê de Investigação para Prevenção da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites B e C. O comitê contribui para a melhoria da informação, permitindo avaliar os resultados da assistência prestada à gestante no pré-natal, parto e puerpério.

ED 531-CLIQUE AQUI

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