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Antonio Tabet interpreta o célebre policial Peçanha, personagem mais famoso de sua carreira, no Teatro Imperial

Um dos pioneiros do humor na internet brasileira, empreendedor de sucesso e hoje com uma carreira sólida nas telas, Antonio Tabet começa a circulação pelo país com o espetáculo “Peçanha – Protocolo de Segurança”, após uma temporada de sessões esgotadas na capital do Rio de Janeiro e em São Paulo. No dia 13 de junho, ele se apresenta no Teatro Imperial, em Petrópolis. Na peça, que marca a sua estreia no universo teatral, o ator interpreta o irreverente e famigerado policial Peçanha, personagem mais famoso de sua trajetória, com milhões de visualizações nas plataformas de streaming. Um sucesso de crítica e público, mais de 15.000 pessoas já foram receber as instruções de segurança do sargento-tenente-major.

O monólogo promete ser mais um divisor de águas para o carioca, conhecido por sua versatilidade e pelo humor afiado. Entre os destaques de seu currículo estão a criação do site Kibe Loco e do canal Porta dos Fundos, a conquista de um Emmy Internacional e atuações em diversos longa-metragens e especiais, incluindo “Peçanha Contra o Animal”. Atuar nos palcos era um desejo antigo que ficou em segundo plano devido a uma agenda sempre repleta, seja de compromissos profissionais ou familiares. “Eu sempre tive essa vontade, mas, por vários motivos profissionais e pessoais, eu simplesmente não tinha tempo. O que é diferente em relação a mim é que a minha carreira de ator deslanchou tarde. Foi por volta dos 38 anos que o Porta dos Fundos estourou. E foi bem na época que eu estava com filhos pequenos, então eu queria aproveitar os fins de semana com eles”, explica Antonio, que assina o texto em parceria com Gabriel Esteves e Matheus MAD.

Com o fim de sua participação na novela da TV Globo “Elas por Elas” (também a primeira de sua trajetória, na qual interpretou o vilão Fagundes) e os incessantes pedidos de amigos – bem como de fãs em suas redes sociais – para que levasse o personagem aos palcos, Antonio finalmente conseguiu colocar a ideia em prática. O resultado é um espetáculo que une as linguagens do stand-up e do teatro, no qual o humorista satiriza a hipocrisia da sociedade brasileira através do olhar do controverso policial, abordando temas como inclusão de gênero, racismo, homofobia, machismo, autoajuda, família e futebol. “O Peçanha conquistou o público por sua complexidade e ironia, porque ele é o retrato da hipocrisia brasileira. O Brasil é um país muito racista, muito machista e muito homofóbico. Ao mesmo tempo é um país que não tolera racistas, não tolera machistas e não tolera homofóbicos. É um paradoxo”, reflete.

A narrativa parte das instruções de segurança apresentadas ao público antes das sessões em cinemas e teatros. Ao notar que tais determinações muitas vezes não são cumpridas, Peçanha resolve inovar e oferecer os serviços de quem tem “mais de vinte anos de corporação nas costas”; para, do alto do palco e ao vivo, orientar a plateia quanto às normas para que todos aproveitem a peça “Hamlet”, estrelada pelo celebrado ator Mateus Solano.

A única questão é que Peçanha não esperava que o ator, sempre tão profissional, pontual e assíduo, desta vez se atrasasse, o que obriga o policial a enrolar a plateia falando do seu dia a dia do trabalho, do Rio de Janeiro, do Brasil e da realidade de um oficial de quarenta e tantos anos que tenta se adequar ao mundo contemporâneo. O agente interage com a plateia, sempre tentando se desconstruir, algumas vezes por linhas tortas, mas nunca deixando de lado o humor mordaz autorizado pela sabedoria popular aliada a uma ignorância estratosférica. O espetáculo também aborda assuntos contemporâneos, como o desafio de navegar pelo humor politicamente correto. “O politicamente correto tem um lado muito bom, é algo que sempre evolui ao longo dos tempos. Fazer piadas ofensivas a uma raça ou a uma determinada minoria era muito comum nos anos 80 e hoje em dia é algo inaceitável”, reconhece Antonio, que avalia o desenvolvimento do personagem ao longo dos anos. “O Peçanha no início era mais rude. Aí eu fui mexendo nele aos poucos para adequá-lo a um mundo novo”, conta.

Serviço:
Antonio Tabet em Peçanha – Protocolo de Segurança
Local: Teatro Imperial – Rua Marechal Deodoro 192 – Centro, Petrópolis
Data e Horário: Sexta, 13 de junho às 20h
Classificação: 16 anos
Ingresso: A partir de R$45 Disponível no Ingresso Digital e bilheteria

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