Em ofício à Justiça, vereadora Júlia Casamasso pede suspensão do aumento da tarifa de ônibus

A novela em que se transformou a questão do reajuste nas passagens de ônibus em Petrópolis pode ter novos capítulos. Na terça-feira (26), a vereadora Júlia Casamasso (PSOL) acionou a Justiça encaminhando um ofício à 4ª Vara Cível, apontando inconsistências na planilha de custos que embasou o aumento da passagem para R$ 5,90 nas empresas Cidade Real e Cidade das Hortênsias, e R$ 5,60 na Turp, decretado pelo juiz Jorge Luiz Martins Alves, responsável pelo processo. O aumento começará a valor a partir do dia 1º de setembro.
Devido aos inúmeros problemas, a vereadora pediu que o reajuste não seja concretizado até a conclusão integral de auditorias independentes.
De acordo com a parlamentar os cálculos apresentados pela CPTrans para o reajuste da tarifa, comparados com a planilha de 2023, a quilometragem total média mensal diminuiu 1,74%, enquanto a frota operante caiu 8,95%. O que refletiu em um aumento do Percurso Médio Mensal (PMM). Isso ocorreria porque os veículos atualmente em operação, ainda que em menor quantidade, estariam rodando mais.
“São diversas inconsistências nos relatórios apresentados. A quilometragem é a mesma de 2023 mesmo com menos 40 ônibus rodando nas ruas. Além disso, existe uma questão grave que é o fato de toda a bilhetagem ser fornecida pelas empresas e auditada pela Setranspetro que é o sindicato das próprias empresas. O município não possui estes dados, o que é Lei desde 2021. Estou pedindo que o reajuste não aconteça até que uma auditoria técnica independente seja realizada”, disse júlia.
O Setranspetro disse que aguarda o momento adequado para apresentar seus argumentos sobre qualquer discussão técnica, como vem sendo democraticamente debatido no âmbito judicial. Já a Prefeitura afirma se posicionar contra o reajuste.